18 novembro 2010

COVISA INTENSIFICA AÇÕES CONTRA DENGUE

“A população precisa parar de achar que o problema da dengue acaba na calçada da frente, pois esse é o erro”, alertou o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental de São Cristóvão, Cleodon Teodósio da Silva. A Coordenadoria de Vigilância e Saúde (Covisa), em São Cristóvão, atua diariamente no combate à dengue no município, eliminando focos e orientando a população sancristovense.
Em 2008, durante a epidemia da doença em todo o Estado, foram notificados mais de 2000 casos; já em 2009, foram 283 casos, sendo 15 casos confirmados; e nesse ano, 15 casos notificados, mas apenas um caso confirmado. Os dados foram cedidos pelo coordenador da Covisa, Cleodon Teodósio da Silva. De acordo com as informações, o combate à dengue em São Cristóvão é feito diariamente por uma equipe formada por 23 agentes de combate à endemia, cedidos pelo Estado; 12 agentes da Funasa, através do Ministério da Saúde e 23 agentes do município.
Os agentes de combate à endemia saem às 8h, indo até o horário de almoço, quando dão uma pausa, e retornam às 14h, estendendo os trabalhos até às 18h. Durante o ciclo, que compreende dois meses, o agente tem que cobrir de 800 a 1000 residências. O coordenador propõe à população que receba o profissional e o acompanhe em sua propriedade, durante a visita, para receber as orientações para a eliminação dos focos.
“O mais importante é a ação educativa, que chama a população para assumir a sua responsabilidade neste combate. Não importa retirar o foco, é preciso fortificar a base educativa”, disse o coordenador. Este ano, a quantidade de casos registrados foi baixo, o que revela um reflexo da modificação no comportamento do mosquito, rendendo à São Cristóvão, a situação de médio risco, com o índice 1,88 de infestação.


IEC
O Grupo de Informação, Educação e Comunicação da Covisa foi criado com o objetivo de fornecer um retorno à população que teve seus imóveis positivos. O agente retorna à casa onde foi detectado o foco, com o resultado do laboratório mostrando que trata-se de um foco de dengue e que toda a família e vizinhança correm o risco de ficar doente, devido à manutenção de situações propícias para a proliferação do Aedes Aegyptis, numa tentativa de mostrar onde está o problema e convocar a população para o combate.

Planos
Algumas das medidas apresentadas pelo coordenador foram a escala para visitas aos sábados e a intensificação do combate no conjunto Eduardo Gomes. Além dessas, está sendo preparado um zoneamento. “Cada agente ficará responsável por uma área, cobrindo de 800 a 1000 imóveis, em dois meses”, informou Cleodon. Também será levado em conta, detalhes como a comunidade onde mora o agente, de maneira que o transporte não seja um empecilho para a realização do trabalho.

Mapeamento
Novas áreas estão sendo mapeadas para que haja o conhecimento geográfico de todas, tanto da sede quanto do grande Rosa Elze, atualizando o conhecimento geográfico. Segundo o coordenador, nesta sexta-feira, 19, será finalizado o mapeamento da sede, dando início aos trabalhos nas demais áreas. A proposta servirá para utilização interna e assim como essa, existem outros projetos, a exemplo da integração de agentes comunitários com os agentes de combate a endemias, para fortificar os resultados.

Texto e foto: Yara Santos