11 junho 2011

II CIRCUITO BNDES MÚSICA BRASILIS CHEGA A SÃO CRISTÓVÃO

O BNDES apresenta o II Circuito Música Brasilis, ‘Uma Viagem Musical pelo Brasil’. Um momento especial para ouvir boa música e conhecer um pouco mais sobre os ritmos resultantes da história brasileira. Sob a regência de Rosana Lanzelotte, ao cravo, e Ricardo Kanji, às flautas, a tarde da sexta-feira, 10, levou autoridades, estudantes e sociedade civil a assistir modinhas e landus na Igreja Matriz Nossa Senhora da Vitória, em São Cristóvão, onde contou com o incentivo da Prefeitura Municipal de São Cristóvão, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Revitalizada, a Igreja Matriz, através do Projeto foi cenário para uma verdadeira viagem musical, pois a cada composição executada, uma explicação sobre os ciclos econômicos brasileiros e suas respectivas influências na realidade sócio-cultural do Brasil.
“Iniciamos com Antônio José da Silva, o judeu, brasileiro que foi à Portugal com 6 anos de idade, onde viveu até os 30, quando foi descoberto judeu e queimado na fogueira da Inquisição. No Brasil, a economia açucareira modificou a realidade social do Nordeste, onde o Padre Luís Antônio Azevedo, mulato, compôs obras muito bonitas. Em seguida, o ciclo do ouro, trouxe a riqueza das composições de Tomás Antônio Gonzaga, à musa, Marília, de Dirceu. Além deles, as composições do Padre José Maurício Nunes Garcia e Ernesto Nazareth, compositor que incorporou o ritmo africano, também fazem parte do repertório”,explicou Rosana Lanzelotte.
Maravilhada, a platéia aplaudia as composições e agradecia o presente naquela tarde. Uma senhorinha que preferiu não identificar-se, em companhia de turistas do sul do país, reconheceu a qualidade da música do projeto e revelou ansiar pelo retorno da proposta à cidade de São Cristóvão, pois sentiu paz de espírito.
Também influenciada pelo ritmo africano, a Lua Branca e o Corta Jaca de Chiquinha Gonzaga ganharam merecido destaque e surpreeendentemente, o cravo entoou o landum e a flauta de Ricardo Kanji preencheu os espaços, sem comas no ritmo sincopado. O encerramento foi feito por uma suíte de cinco composições, incluindo modinhas e baiões.
Aplaudidos de pé pela platéia interessada, foi possível que os presentes conhecessem um pouco mais sobre o cravo, aberto para que alguns presentes pudessem tocá-lo.
A Matriz, cenário especial para a apresentação, recebeu a visita da superintendente do Iphan em Sergipe, a professora Terezinha Oliva; o vice-prefeito, Cláudio Sanclau; a secretária municipal da Cultura e do Turismo, Aglaé Fontes; a chefe do escritório técnico do Iphan em São Cristóvão, Kleckstane Farias e Silva Lucena; o secretário da Saúde, Edmílson Brito; o diretor do Museu Histórico de Sergipe, Thiago Fragata; o ex-presidente do Tribunal de Contas de Sergipe, Carlos Pinna; artistas do folclore local, como Sr. Jorge; agentes culturais, como Lúcia de Souza, componente da Comissão da Sociedade Civil Pró-FAsc; estudantes e professores do Colégio Municipal São Cristóvão e sociedade civil em geral.

Texto e foto: Yara Santos