“Não permita a violência sexual. Nossas crianças e adolescentes não são brinquedos de adultos.” É com esse apelo que a Secretaria Municipal da Inclusão e do Desenvolvimento Social, através do Centro de Referência Especializada da Assistência Social (Creas) dá início à programação da Semana de Enfrentamento à Violência Sexual à criança e ao adolescente.
O encontro foi realizado na manhã desta segunda-feira, 16, no salão Sagrada Família, onde profissionais da assistência social e da psicologia palestraram para crianças e adolescentes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e de escolas municipais, acompanhados de oficineiros, educadores sociais e professores.
Durante a palestra, a assistente social e a psicóloga, responsáveis pela transmissão da mensagem para as crianças, definiram o Creas e sua funcionalidade, apresentaram as ações desenvolvidas através do órgão, os artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e a palestra que, além de ser baseada em teoria, utilizou o livro “Segredos segredíssimos”, de autoria de Odília Barros, que através de uma linguagem simples explica que as crianças devem revelar aos seus responsáveis o abuso sofrido.
Por meio da história de duas amigas, onde uma sofria o abuso sexual praticado por um tio, a autora levou as crianças presentes a entenderem que a ‘brincadeira de adulto’, deve ser denunciada aos pais ou um adulto de confiança.
Além da violência sexual, os presentes também aprenderam como identificar os outros tipos: negligência; psicológica; física; doméstica e abandono, conheceram a rede de proteção disponível para assegurar o respeito ao direito das crianças e adolescentes.
Uma das unidades de ensino presentes foi a Escola Municipal Paulo Sarazate, que levou a 5ª série, um grupo formado por pré-adolescentes. “A oportunidade é boa para despertar e esclarecer as dúvidas da fase da pré-adolescência, formando o senso crítico. Além desta palestra, pretendemos participar da Caminhada em Enfrentamento à Violência sexual infantil”, disse a professora de matemática, Suzana Gama dos Santos, que avaliou positiva a iniciativa do município e afirmou que vertentes da temática central são tratadas pelos professores de Artes e Religião.
A psicóloga, Milena Machado Barreto, trabalhou as formas de prevenção e desmistificou a imagem que as crianças formaram em relação ao Conselho Tutelar, lembrando-as de que este é um órgão formado por profissionais com o objetivo de assegurar os direitos da infância e adolescência e, ao final de sua explanação, pediu para que todos lessem juntos a frase que encerrou os slides: “Você tem direito a viver uma vida livre de todas as formas de violência”.
Texto: Yara Santos
Fotos: Grazziele Santos