16 fevereiro 2011

ÍNDICE DA DENGUE EM SÃO CRISTÓVÃO BAIXA PARA 2%

O município de São Cristóvão registra apenas 2% no índice de contaminação pela dengue, chegando a 1,21% em logradouros como a Colônia Miranda, saindo da classificação de zona de risco, onde esteve o ano passado quando atingiu 6%.
O resultado positivo é fruto do trabalho intensivo da Coordenação de Vigilância e Saúde (Covisa), através de seus agentes e sistemáticas que oportunizam a visita às comunidades de ciclo em ciclo, ou seja, de dois em dois meses ou de quinze em quinze dias, num sistema de revezamento dos grupos em pontos estratégicos.
Ao todo, são 52 agentes que trabalham cinco dias por semana, além de coordenadores e o supervisor geral da covisa, Hamílker Barbosa Sá.
“A gente combate a dengue e educa as pessoas. A diminuição do índice de infestação no município que, no ano passado, atingiu 65 cidades, considerado muito alto, é o resultado positivo do nosso trabalho. Mas, a população precisa fazer parceria no combate, pois às vezes há rejeição da entrada do agente na propriedade para a coleta de larvas e enviar ao laboratório. Quando o resultado do laboratório dá positivo, os agentes intensificam os trabalhos no quarteirão para eliminar os focos. Para não criar focos, é preciso renovar a água dos criadouros e até dos animais domésticos, como gato, cachorro, para eliminar a possibilidade de formar os focos”, disse o supervisor.
Estrategicamente, no município de São Cristóvão, a sede é completamente coberta assim como a região do Grande Rosa Elze. Segundo o supervisor, a atuação da covisa atinge resultados positivos, devido às parcerias com a Secretaria Municipal da Saúde e da Infraestrutura.

Pontos
Os pontos mais preocupantes no município são os cemitérios, mas os reservatórios aqüíferos também chamam a atenção do órgão no combate ao mosquito, pois locais como a Bica dos Pintos, o Banho Maria Muniz recebe uma quantidade considerável de turistas que deixam copinhos plásticos, recipientes, tampinhas de garrafa, que podem se tornar um foco de dengue, mas a Secretaria Municipal da Infraestrutura promove a manutenção da limpeza desses locais, eliminando a possibilidade de proliferação do mosquito.

Esquistossomose
Diariamente, uma equipe da covisa destina-se a logradouros mais vulneráveis, onde existem lagos e lagoas, cujas beiradas são utilizadas para o depósito de fezes pelas pessoas. Se os detritos estiverem com ovos do parasita, este encontra no schistosoma, um hospedeiro definitivo e no caramujo, um temporário, contaminando os demais banhistas, entrando até pelos poros, causando a popular barriga d’água, diarréia, falta de apetite e muita febre.
As fezes são coletadas pelos agentes e quando confirmada a doença, a população recebe todo o tratamento por meio da Secretaria Municipal da Saúde. No município, os locais que mais preocupam são Colina, loteamento Lauro Rocha e Colônia Miranda.

Texto: Yara Santos