O curso de Monitor de Turismo ofertado à população de São Cristóvão, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo por meio da parceria entre município, Instituto Federal de Sergipe (IFS) e Sebrae, teve o conteúdo teórico finalizado na sexta-feira passada, 10, mas durante toda a semana, foram ministradas palestras por pessoas convidadas e, nesta manhã, 16, foi a vez da secretária de cultura e turismo, a professora Aglaé Fontes.
Utilizando-se de material visual, a secretária abordou uma das temáticas que mais tem pesquisado, o Patrimônio Imaterial do município de São Cristóvão. Durante a palestra, entremeada de questionamentos e considerações, o que a transformou numa conversa, a professora deixou claro que aquilo que herdamos dos nossos antepassados é o patrimônio cultural que deve ser defendido, podendo este ser material ou imaterial.
A temática veio à tona para o público em geral devido a chancela conquistada pela Praça São Francisco, de patrimônio da humanidade, a pesquisa da professora, que não é recente, explicou com riquezas de detalhes histórico-culturais a diferença entre o patrimônio material e imaterial, além de incentivar a defesa do mesmo pelo povo.
“Para defender o patrimônio imaterial é necessário ter consciência cultural, o povo da cidade tem que se apoderar da própria história, pois é mais fácil conservar um prédio histórico feito de pedra e cal do que um patrimônio imaterial”, citou a professora. Para ilustrar a sua fala, Aglaé falou da sua viagem a Portugal, onde também detectou a queijada, elemento introduzido no Brasil através da colonização portuguesa. No país de origem, a receita difere da sancristovense, pois na colônia, havia a dificuldade de aquisição do queijo, mas logo o coco foi introduzido e mesmo sem o queijo, o nome permaneceu e a maneira como é feita tradicionalmente tornou-se patrimônio imaterial.
Aglaé Fontes deixou claro que o novo precisa vir, mas que precisamos estar preparado para recebê-lo, de maneira que não prejudique o que é tradicional, descaracterizando o patrimônio. “A culinária típica tem o gosto e o sabor do local onde e feita”, disse.
Dentre seus projetos, revelou estar preparando um acervo para ser disposto na Casa dos Saberes, onde a população poderá pesquisar sobre o patrimônio imaterial. Além disto, descreveu alguns parágrafos de um texto pertencente a um projeto de enaltecimento dos mestres da cultura popular sancristovense, arrancando o fôlego de quem ouviu atentamente as palavras do palavreado nordestino, o que aumenta a identidade da nossa gente. Nesta mostra, fala sobre o mestre Satú, responsável pela direção do reisado mais antigo da cidade, quando cita as palavras do mestre :”De São Cristóvão, só Deus me tira”.
A conversa permitiu uma viagem enriquecedora que tramitou pela culinária, pelos monumentos prediais, pela ecologia do Rio Paramopama, pelos fatos históricos e suas versões, a exemplo do que afirmam sobre o ilustre João Bebe Água e sobre Cristóvão de Barros, lembrando Rindú, Acácia e o Boi do reisado que difere do bumba-meu-boi.
O patrimônio imaterial compreende uma série de ações como celebrações, danças,cantos, poesias, músicas, feiras e artesanatos, sendo a prática, representações, lugares, grupos e pessoas, este patrimônio. “A cultura popular é mais do que tudo, é quem dá a cara da cidade, caracteriza, pois o patrimônio material está parado, mas o imaterial se movimenta”, complementou a professora.
Também presente ao encontro, a diretora de turismo no município, Silene Lazarito, reforçou a importância da procura do curso pelas pessoas que já realizavam esse trabalho de receber o turista no município, no sentido de qualificar o conhecimento e, consequentemente, o serviço prestado.
Em sua fala, também informou que amanhã, 17, a programação do curso deve ser finalizada com a palestra da superintendente do IPHAN em Sergipe, Terezinha Oliva. A secretaria Aglaé Fontes informou que está prevista para 2011 a instalação de um balcão para atender o turista através dos monitores devidamente credenciados e identificados. “O Turismo pode construir e destruir. Quando é negativo, destrói a cidade, mas quando valoriza e diz a verdade, constrói”, concluiu.
Texto: Yara Santos
Utilizando-se de material visual, a secretária abordou uma das temáticas que mais tem pesquisado, o Patrimônio Imaterial do município de São Cristóvão. Durante a palestra, entremeada de questionamentos e considerações, o que a transformou numa conversa, a professora deixou claro que aquilo que herdamos dos nossos antepassados é o patrimônio cultural que deve ser defendido, podendo este ser material ou imaterial.
A temática veio à tona para o público em geral devido a chancela conquistada pela Praça São Francisco, de patrimônio da humanidade, a pesquisa da professora, que não é recente, explicou com riquezas de detalhes histórico-culturais a diferença entre o patrimônio material e imaterial, além de incentivar a defesa do mesmo pelo povo.
“Para defender o patrimônio imaterial é necessário ter consciência cultural, o povo da cidade tem que se apoderar da própria história, pois é mais fácil conservar um prédio histórico feito de pedra e cal do que um patrimônio imaterial”, citou a professora. Para ilustrar a sua fala, Aglaé falou da sua viagem a Portugal, onde também detectou a queijada, elemento introduzido no Brasil através da colonização portuguesa. No país de origem, a receita difere da sancristovense, pois na colônia, havia a dificuldade de aquisição do queijo, mas logo o coco foi introduzido e mesmo sem o queijo, o nome permaneceu e a maneira como é feita tradicionalmente tornou-se patrimônio imaterial.
Aglaé Fontes deixou claro que o novo precisa vir, mas que precisamos estar preparado para recebê-lo, de maneira que não prejudique o que é tradicional, descaracterizando o patrimônio. “A culinária típica tem o gosto e o sabor do local onde e feita”, disse.
Dentre seus projetos, revelou estar preparando um acervo para ser disposto na Casa dos Saberes, onde a população poderá pesquisar sobre o patrimônio imaterial. Além disto, descreveu alguns parágrafos de um texto pertencente a um projeto de enaltecimento dos mestres da cultura popular sancristovense, arrancando o fôlego de quem ouviu atentamente as palavras do palavreado nordestino, o que aumenta a identidade da nossa gente. Nesta mostra, fala sobre o mestre Satú, responsável pela direção do reisado mais antigo da cidade, quando cita as palavras do mestre :”De São Cristóvão, só Deus me tira”.
A conversa permitiu uma viagem enriquecedora que tramitou pela culinária, pelos monumentos prediais, pela ecologia do Rio Paramopama, pelos fatos históricos e suas versões, a exemplo do que afirmam sobre o ilustre João Bebe Água e sobre Cristóvão de Barros, lembrando Rindú, Acácia e o Boi do reisado que difere do bumba-meu-boi.
O patrimônio imaterial compreende uma série de ações como celebrações, danças,cantos, poesias, músicas, feiras e artesanatos, sendo a prática, representações, lugares, grupos e pessoas, este patrimônio. “A cultura popular é mais do que tudo, é quem dá a cara da cidade, caracteriza, pois o patrimônio material está parado, mas o imaterial se movimenta”, complementou a professora.
Também presente ao encontro, a diretora de turismo no município, Silene Lazarito, reforçou a importância da procura do curso pelas pessoas que já realizavam esse trabalho de receber o turista no município, no sentido de qualificar o conhecimento e, consequentemente, o serviço prestado.
Em sua fala, também informou que amanhã, 17, a programação do curso deve ser finalizada com a palestra da superintendente do IPHAN em Sergipe, Terezinha Oliva. A secretaria Aglaé Fontes informou que está prevista para 2011 a instalação de um balcão para atender o turista através dos monitores devidamente credenciados e identificados. “O Turismo pode construir e destruir. Quando é negativo, destrói a cidade, mas quando valoriza e diz a verdade, constrói”, concluiu.
Texto: Yara Santos