14 dezembro 2010

“NÃO EXISTE TURISMO EM SERGIPE SEM SÃO CRISTÓVÃO”

Na manhã desta terça-feira, 14, a Prefeitura Municipal de São Cristóvão, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo deu início a um ciclo de palestras que deve durar toda a semana, encerrando a programação do curso de Monitores de Turismo, promovido por meio da parceria entre município, Instituto Federal de Sergipe (IFS) e Sebrae.
Nesta primeira palestra, o assunto ‘Turismo’ foi abordado pelo presidente da Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur), José Roberto Andrade. Na plateia, os estudantes do curso e representantes dos equipamentos turísticos de São Cristóvão, a exemplo do historiador Thiago Fragata, diretor do Museu Histórico de Sergipe e Vânia Dias Correia, representante da Subsecretaria de Estado do Patrimônio Histórico e Cultural (Subpac), além da secretária de cultura e turismo, Aglaé Fontes e a diretora de turismo no município, Silene Lazarito.
“Precisamos nos preparar para o primeiro verão de São Cristóvão após o título de Patrimônio da Humanidade”, anunciou o presidente da Emsetur. Durante a palestra, diversas questões foram levantadas no sentido de desenvolver o turismo no município e de convocar todos os setores envolvidos para participar ativamente do progresso do terceiro setor, no município, tornando a cidade num pólo empreendedor.
A abordagem do turista foi uma das questões levantadas. “É preciso utilizar a educação e a hospitalidade para fazer com que todos ganhem com o turismo”, disse. Questionado sobre o apoio da emsetur, principalmente, após a chancela de Patrimônio da Humanidade recebida pela Praça São Francisco, o presidente da emsetur explicou que a estação está baixa em todo o mundo e que existe uma divulgação feita pelo órgão, mas que muitos outros pontos precisam ser explorados.
“São Cristóvão não está resumido à Praça São Francisco, nem a 500 metros de história, pois tem muito mais. A população deve tomar conta de sua história, empreender, vender biscoitos Irmã Dulce, ímãs de geladeira com a foto da Praça São Francisco, explorar o seu potencial com criatividade, pois do contrário, pessoas de fora virão fazer”, alertou.
O presidente foi além da análise do potencial histórico e chegou à linha da psicologia, na tentativa de explicar o porquê do sergipano, muito vezes, não valorizar ou se auto-identificar com os valores histórico-culturais de sua terra. “Os sergipanos têm uma vergonha do lugar onde nasceu. Precisamos acabar com esse complexo de desimportância, pois não é assim que o mundo nos enxerga, tanto que ganhamos o título da Praça. A gente tem que acreditar nisso”, enfatizou.
Ao encerrar a palestra, José Roberto desejou que o ano de 2011 seja de prosperidade, apagando os erros do anterior, além de incentivar os formandos do curso de monitoramento a explorarem outras línguas, sendo essenciais o inglês e o espanhol. “Vamos contar a história com “agá” de São Cristóvão. Não existe turismo em Sergipe sem São Cristóvão”, finalizou.
Texto: Yara Santos