05 outubro 2010

PETI E CASA DA CRIANÇA FIRMAM PARCERIA A FAVOR DA REINSERÇÃO SOCIAL

Nesta manhã, 05, jovens que residem temporariamente na Casa da Criança e alunos inseridos no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) participaram de uma manhã pra lá de agitada com direito a palhaço, pipoca e muitas brincadeiras. Realizada graças a união das coordenações do Peti e da Casa da Criança, a ação visa reinserir os pequenos estimulando o convívio social, fazendo com que eles tenham contato com o mundo paralelo ao que vivem.
Segundo a coordenadora pedagógica da Casa da Criança, Paula Lima, a interação com crianças da mesma idade facilita o crescimento enquanto cidadãos, pois é através de atividades como essa que as crianças começam a entender sua importância na sociedade. “Muitas crianças que estão aqui já passaram por situações complicadas, como maus tratos, negligência e até abandono da própria família. Brincar com um amiginho, mesmo sendo um desconhecido, faz com que eles se sintam importantes e motivados a vencer” explica.
O grupo de crianças da Casa da Criança é formado por 15 pequenos, para facilitar a visita, a equipe foi dividida por sexo, metade visita o Peti pela manhã, neste caso os meninos e a outra metade, meninas, no período da tarde. “A divisão foi feita de forma que todos participem, nossa intenção é que eles possam retornar regozijados de tanta alegria a ponto de determinarem que a mudança continue sendo efetiva em suas vidas” completa a coordenadora.
Essa não é a primeira vez que Peti e Casa da Criança se unem para realizar atividades em conjunto, há cerca de um mês e meio atrás o Peti visitou a unidade, que está localizada nos Pintos. Semelhante ao dia de hoje, os baixinhos fizeram a festa e trocaram muita experiência.

Casa da Criança

Localizada na sede de São Cristóvão, a unidade tem capacidade máxima para abrigar 18 jovens. Durante a estadia as crianças e adolescentes recebem ensino educacional, assistência médica, reforço escolar, alimentação, acompanhamento pedagógico psicológico, além de participar de oficinas de pintura e capoeira, onde os pequenos têm a liberdade de exprimir tudo o que sentem.
Paula Lima explica que apenas os casos extremos são direcionados à unidade. “Nossa função é acolher as crianças que sofreram dos tutores negligência, maus tratos ou até mesmo violência doméstica”. disse. A coordenadora explica ainda, que os jovens são direcionados a instituição pela Justiça e levados à Casa da Criança pelo Conselho Tutelar.
Para a coordenadora é necessário atentar à população que a Casa da Criança não prende os jovens por muito tempo e nem tampouco proíbe que os pais ou responsáveis tenham contato com as crianças, apenas cumpre medidas judiciais.
“Nossa maior alegria é quando uma criança retorna para seu lar. Aqui nós também, damos assistência aos pais, pois é necessário trabalhar toda a família, para que haja a reinserção do pequeno na sociedade”.
Cada criança fica no máximo doía anos na unidade ou o tempo que a justiça determinar. mantida pela Prefeitura Municipal de São Cristóvão, por meio da Secretaria da Inclusão e do Desenvolvimento Social, a Casa da Criança também conta com parceiros a exemplo de empresários do município que colaboram com doação de roupas e remédios e demais voluntários.

Texto: Grazziele Santos