“Teus olhos dizem não quero
Teus lábios dizem talvez
Está dando a resposta certa
Vou perguntar outra vez [...]”
Félix Silva
Na sombra de uma árvore frondosa, cadeiras em círculo, usuários e funcionários em assembléia para buscar melhorias para o serviço prestado pelo Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) Valter Correia aos seus usuários. A prática acontece quinzenalmente com o objetivo de enaltecer os pontos positivos e solucionar o que precisa ser melhorado no serviço e na estrutura.
À frente da coordenação da assembléia, a enfermeira Agleide da Silva Araújo explica que “dentro das condições da instituição, a equipe tenta realizar um trabalho de reinserção social”. Segundo a enfermeira, são atendidos cerca de 25 a 30 usuários por dia.
Na manhã desta quinta-feira, 13, antes de começar a assembléia, cada um deles sentados na roda expressou a opinião sobre o que seria uma assembléia e sua funcionalidade. Posteriormente, foi aberto o espaço para que todos pudessem solicitar melhoras e reconhecer os benefícios do atendimento.
A equipe é formada por um médico psiquiatra, uma enfermeira, uma auxiliar de enfermagem, um psicólogo, duas pedagogas, três oficineiros, dois agentes administrativos, um vigilante e um motorista. Diariamente, são realizadas atividades de reinserção social, sendo que o CAPS Valter Correia conta com oficinas de reciclagem, que trabalham a coordenação motora dos usuários, a criatividade e a identidade cidadã do artista que a partir de sua peça produzida ganha um novo olhar da sociedade.
Oficineira há alguns anos, Maria José dos Santos revela a sua experiência com os usuários. “Realizo a oficina de reciclagem, transformando o lixo em luxo. Eles se adaptam muito rápido às atividades que lhes são propostas. A dificuldade enfrentada é quanto ao transporte, pois contamos com um carro pequeno, o qual necessita fazer diversas viagens para buscar os usuários nos povoados e nas áreas mais distantes”, falou.
Maria José falou que o trabalho de ressocialização desenvolvido já conta com alguns resultados, a exemplo da dona Maria José, chamada de Foguetinho, que já produz chapéus em jornal que utiliza no reisado e nas caceteiras; e a dona Zenaide, ‘Celebridade’, que continua se tratando, mas já faz manicura e pedicura. O senhor ‘Alonso’ é um usuário que apresentava tremedeiras, mas através das oficinas adquiriu melhor coordenação motora e conseguiu espaço no mercado de trabalho.
As demais oficinas são ministradas por Mirtes dos Santos Madureira, que trabalha com o bordado (vagonite) e pintura em tecido; e Maria Rute dos Santos, que ministra oficina de reciclagem e biscuit, para a produção de lembrancinhas.
Dentre os talentos, existe o clone do cantor Amado Batista, é o Gileno Fontes Tavares de Menezes, 63 anos, que após ter sofrido um acidente, passou a tomar medicamentos controlados, mas a música sempre esteve presente à sua vida e, vivendo a sua nova realidade, continua cantando e é tido como a alegria do CAPS. “Cantei em TV, em Banda de música, em São Paulo, no Trem das Onze”, falou.
A poesia também está presente através dos versos apaixonados de Félix Silva, o qual dedicou os versos a alguém que lhe encantou os olhos e o coração. Para este ano, a equipe pretende realizar eventos como biongos, leilões, levando a produção dos usuários para que a sociedade as conheça e convidando esta a interagir com o trabalho psicossocial.
Texto: Yara Santos
Foto: Grazziele Santos
Teus lábios dizem talvez
Está dando a resposta certa
Vou perguntar outra vez [...]”
Félix Silva
Na sombra de uma árvore frondosa, cadeiras em círculo, usuários e funcionários em assembléia para buscar melhorias para o serviço prestado pelo Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) Valter Correia aos seus usuários. A prática acontece quinzenalmente com o objetivo de enaltecer os pontos positivos e solucionar o que precisa ser melhorado no serviço e na estrutura.
À frente da coordenação da assembléia, a enfermeira Agleide da Silva Araújo explica que “dentro das condições da instituição, a equipe tenta realizar um trabalho de reinserção social”. Segundo a enfermeira, são atendidos cerca de 25 a 30 usuários por dia.
Na manhã desta quinta-feira, 13, antes de começar a assembléia, cada um deles sentados na roda expressou a opinião sobre o que seria uma assembléia e sua funcionalidade. Posteriormente, foi aberto o espaço para que todos pudessem solicitar melhoras e reconhecer os benefícios do atendimento.
A equipe é formada por um médico psiquiatra, uma enfermeira, uma auxiliar de enfermagem, um psicólogo, duas pedagogas, três oficineiros, dois agentes administrativos, um vigilante e um motorista. Diariamente, são realizadas atividades de reinserção social, sendo que o CAPS Valter Correia conta com oficinas de reciclagem, que trabalham a coordenação motora dos usuários, a criatividade e a identidade cidadã do artista que a partir de sua peça produzida ganha um novo olhar da sociedade.
Oficineira há alguns anos, Maria José dos Santos revela a sua experiência com os usuários. “Realizo a oficina de reciclagem, transformando o lixo em luxo. Eles se adaptam muito rápido às atividades que lhes são propostas. A dificuldade enfrentada é quanto ao transporte, pois contamos com um carro pequeno, o qual necessita fazer diversas viagens para buscar os usuários nos povoados e nas áreas mais distantes”, falou.
Maria José falou que o trabalho de ressocialização desenvolvido já conta com alguns resultados, a exemplo da dona Maria José, chamada de Foguetinho, que já produz chapéus em jornal que utiliza no reisado e nas caceteiras; e a dona Zenaide, ‘Celebridade’, que continua se tratando, mas já faz manicura e pedicura. O senhor ‘Alonso’ é um usuário que apresentava tremedeiras, mas através das oficinas adquiriu melhor coordenação motora e conseguiu espaço no mercado de trabalho.
As demais oficinas são ministradas por Mirtes dos Santos Madureira, que trabalha com o bordado (vagonite) e pintura em tecido; e Maria Rute dos Santos, que ministra oficina de reciclagem e biscuit, para a produção de lembrancinhas.
Dentre os talentos, existe o clone do cantor Amado Batista, é o Gileno Fontes Tavares de Menezes, 63 anos, que após ter sofrido um acidente, passou a tomar medicamentos controlados, mas a música sempre esteve presente à sua vida e, vivendo a sua nova realidade, continua cantando e é tido como a alegria do CAPS. “Cantei em TV, em Banda de música, em São Paulo, no Trem das Onze”, falou.
A poesia também está presente através dos versos apaixonados de Félix Silva, o qual dedicou os versos a alguém que lhe encantou os olhos e o coração. Para este ano, a equipe pretende realizar eventos como biongos, leilões, levando a produção dos usuários para que a sociedade as conheça e convidando esta a interagir com o trabalho psicossocial.
Texto: Yara Santos
Foto: Grazziele Santos