10 janeiro 2011

AGLAÉ FONTES REPRESENTA SÃO CRISTÓVÃO DURANTE ENCONTRO CULTURAL DE LARANJEIRAS

A programação da sexta-feira, 07, segundo dia do Simpósio do XXXVI Encontro Cultural de Laranjeiras, foi aberta com a apresentação das cantadeiras de Romance, Dona Bernadete e suas filhas, do Povoado Boca da Barra, localizado no município de Pacatuba, o que deu o tom cultural ao evento.
Voltado à discussão de temáticas sobre o Patrimônio Imaterial e a Era Digital, uma série de vertentes, que tangiram do assunto proposto possibilitou a participação de colaboradores à mesa, que apresentaram diferentes experiências envolvendo o social, o folclórico e a política de preservação e enaltecimento do patrimônio.
Ponto referencial da temática abordada no evento, o município de São Cristóvão fez-se representar através da professora Aglaé Fontes, secretária da Cultura e do Turismo; além do historiador Thiago Fragata, diretor do Museu Histórico de Sergipe; da coordenadora da Casa do Folclore Zeca de Noberto; Glória Santos, e da equipe do IPHAN, em São Cristóvão.
A importância histórico-cultural do município de São Cristóvão fez com que a temática determinada para a edição 2011 do Encontro Cultural ganhasse amplitudes ainda maiores, pois foi possível conhecer projetos de outros estados, a exemplo do Fundação Casa Grande, no Ceará; e o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassu, do Pernambuco; e, mesmo, a história de Bárbara Cristina dos Santos, Lôxa da nação nagô de Laranjeiras e mestre das Taieiras, revelada pelo orixá maior como tal.
As figuras citadas formaram a Mesa Redonda “Jovens Mestres do Patrimônio Imaterial”, presidida pela professora Aglaé Fontes. Em meio à riqueza trazida por cada um dos componentes da mesa, a professora renovada na juventude dos participantes e encantada com a entrega de cada um deles às suas histórias, revelou ter participado dos 36 encontros já realizados. “Participo exatamente durante 36 anos do Simpósio, o que considero a alma do Encontro Cultural de Laranjeiras”, disse.
Representando a si própria, enquanto agente cultural, atualmente secretária da Cultura e do Turismo, a professora Aglaé falou um pouco sobre São Cristóvão, quarta cidade mais antiga do país, cuja Praça São Francisco recebeu a chancela de Patrimônio da Humanidade, onde o Festival de Artes deixou muitas saudades e o desejo de que seja resgatado.
“São Cristóvão perdeu o título de capital quando tinha 250 anos. Sofreu muito porque já nasceu como cidade e tornou-se capital. Perdeu o título para uma cidade que, até hoje, tem uma água de baixa qualidade. O título de patrimônio mundial foi muito importante para reaver a auto estima da cidade, através da Praça São Francisco. Será necessário, agora, reeducar a comunidade para não passar com veículos no local”, falou.
Durante a sua fala, a secretária revelou estar na expectativa do resgate do Festival de Artes de São Cristóvão. “Quando assumi a Secretaria da Cultura e do Turismo de São Cristóvão, solicitei da Secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, apoio para realizar o Festival de Artes de São Cristóvão, que é importante para todo o estado. O projeto já foi enviado à Brasília, mas com a mudança de ministro, vamos precisar de uma força da secretária Eloísa”, revelou.
Ao final de sua fala, concluído os trabalhos da mesa e o debate que fora gerado de forma pertinente ao tema geral do Encontro, a secretária finalizou a sua contribuição e mediação com a afirmação de que “o simpósio é importante para a troca de conhecimentos”, disse.

Texto: Yara Santos