29 dezembro 2011

422 ANOS DE SÃO CRISTÓVÃO

Neste 1º de janeiro, comemoramos 422 anos da fundação da Cidade Histórica de São Cristóvão. Se formos estabelecer um paralelo entre o momento no qual Cristóvão de Barros fundou a nossa cidade e os dias de hoje, na minha gestão à frente da Prefeitura, a situação é quase a mesma. Para que São Cristóvão pudesse existir, o seu criador teve que contar com aliados das mais diversas raças, crenças, naturalidades e, sobretudo cultura. Para se liderar um grupo heterogêneo, é necessário muito jogo de cintura, até porque a palavra de ordem era construir. Construir igrejas, hospitais, escolas, praças, quartéis, delegacias e construir o amor próprio daqueles que a partir daquele momento se transformariam em cidadãos sancristovenses.
O paralelo cabe muito bem, pois a maneira que a prefeitura chegou às minhas mãos era caótica.
Salários atrasados, fornecedores sem receber, sem uma única certidão, que nos abrisse as portas do governo federal para ações imediatas. O sancristovense tinha perdido a sua auto-estima.
Não foi fácil colocar as coisas nos devidos lugares. Tínhamos muitos aliados e cada um com as suas idéias, as suas maneiras de agir, muitas vezes não comungando com as minhas. Mas não se pode simplesmente descartar pessoas, pelo simples fato de discordar com as suas atitudes e opiniões. É preciso convencer e ser convencido. Não existe política unilateral. O coletivo é que faz a boa política. Muitos dos antigos aliados, mesmo com cargos importantes na nossa administração, procuravam inviabilizar as ações com o único intuído de descaracterizar a nossa administração. Fomos obrigados a tomar certas atitudes, as quais deixaram alguns descontentes. Não é possível agradar a gregos e troianos. Como já bem disse Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra.” Gostamos e aprovamos os dissidentes, mas que arquem com as suas posições. Não é cabível é, ser contra estando ao lado do poder.
São Cristóvão tem mais uma vez que se superar. Assumimos essa realidade e certamente contaremos com o apoio dos cidadãos que querem o bem da nossa São Cristóvão. As aves agourentas ficarão fora do banquete que será servido aos que realmente querem trabalhar para que a histórica São Cristóvão ocupe o lugar que merece no cenário nacional.


Alex Rocha .