A abertura aconteceu no prédio do IPHAN em São Cristóvão, próximo à Praça São Francisco, onde a secretária da Cultura e do Turismo, Aglaé Fontes, se pronunciou, enfatizando a importância e o objetivo da parceria.
“A nova geração só poderá preservar a cultura e a história do município se for incentivada, por isso fazemos parcerias para despertar um compromisso com o patrimônio da cidade”, disse a secretária.
A plateia esteve repleta de estudantes do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Elísio Carmelo, acompanhados de sua diretora e assistiu atenta, interagi8ndo com a temática abordada pela superintendente do Iphan, Terezinha Oliva.
“O patrimônio material é formado de pedra e cal, por isso existem tantas igrejas e prédios históricos tombados, a exemplo do conjunto arquitetônico de São Cristóvão, que há um mês foi reavaliado e, mais uma vez, reconhecido como patrimônio todo o entorno da cidade alta, agora, descendo até o mercado, atingindo a ferroviária, mas já existem 25 bens imateriais, que através do registro do saber e do fazer, asseguram à história da humanidade, a sua lembrança, como Os Filhos de Nazaré, no Pará, primeira celebração a ser reconhecida em 2004; o fazer da renda irlandesa; a cata da mandioca; o ritual indígena da Pesca do Mato Grosso; sendo analisada a Festa de Nosso Senhor dos Passos”, explicou.
Em mãos, a folheteria que divulga os pontos turísticos da cidade, destacava a cor roxa de Nosso Senhor dos Passos, que ganhou atenção da superintendente, devido à mobilização que consegue realizar em todo o país, principalmente, no Nordeste. “Independente da religião das pessoas, a Festa de Senhor dos Passos se trata de uma manifestação humana, constituindo um patrimônio cultural”, falou.
Os estudantes aprenderam novas palavras e associaram o significado, a exemplo de ‘lembrança’ e ‘memória’. Os jovens gostaram de saber que o registro das manifestações faz com que o evento seja valorizado e reconhecido. Sendo assim, citaram o reconhecimento do acarajé e questionaram a possibilidade da queijada sancristovense ser reconhecida.
A superintendente do IPHAN, explicou que os bens materiais são tombados e os imateriais são registrados, de maneira que há uma política de salva-guarda, através da qual, a cada 10 anos os bens reconhecidos passam por uma avaliação, onde é levada em conta a importância que tem para a população e lembrou que a sociedade civil também pode solicitar do órgão a atenção a algum item ou prédio histórico, de maneira que a avaliação será feita pelo conselho.
Para a sexta-feira, 27, estão previstos o Mestre em Turismo, Ivan Rêgo, que vai abordar a Festa de Nosso Senhor dos Passos, com um olhar turístico; e a secretária Aglaé Fontes, com “Promessas e promesseiros”, onde abordará o peregrino que vive a espiritualidade à flor da pele. O segundo encontro será na Casa do IPHAN, a partir das 9h30 min, com entrada gratuita.
Texto e Fotos: Yara Santos