Com recursos mínimos, agentes lutam para potencializar a campanha contra as drogas, articulando Saúde, Educação e as Equipes Técnicas
Na última segunda-feira, 16, secretários, coordenadores e agentes da inclusão engajados na proposta de combate ao consumo de drogas no município de São Cristóvão estiveram reunidos com o chefe de Gabinete, Valdione Sá, para re-elaborar o projeto, no sentido de trazê-lo para a realidade econômica do município.
A cidade de São Cristóvão foi considerada como estágio urgente pela Secretaria de Segurança Pública- SSP- no que se refere ao consumo de drogas por adultos e adolescentes. Através do CRAS, do CREAS, Secretaria da Inclusão, Secretaria da Educação e Coordenadoria dos CAPS do município, a campanha contra as drogas teve início com atividades de panfletagem, distribuindo informações para toda a família, orientando toda a comunidade na prevenção e detecção dos sintomas dos usuários.
Edjane Mendes, coordenadora do CAPS de São Cristóvão, apresentou a realidade estrutural e técnica do município, onde existe a carência de dois psicólogos e, ainda, não é possível atender as famílias dos dependentes químicos, através de acolhimento, pois os recursos são mínimos. Por outro lado, a coordenadora otimizou a situação em busca de motivar a luta de todos os órgãos do município envolvidos nessa batalha. “Nenhum CAPS do Brasil está preparado”, disse.
O secretário da Saúde, Edmílson Brito, explicou que, diante do projeto dos valores iniciais, o município possui recursos mínimos, tornando-se possível, apenas, os primeiros atendimentos ao usuário. “Os valores estão inviáveis, pois a estrutura dos CAPS não corresponde à realidade do município, sendo possível. Já encontramos o CAPS com algumas deficiências e pretendemos melhora-los”.
Uma das principais solicitações dos órgãos foi quanto a carros que possam atender às chamadas do trabalho de combate às drogas; a reinserção do usuário no mercado de trabalho; a capacitação de agentes da Saúde e da Ação Social e da Educação, para que juntos transformem-se em multiplicadores e potencializem a proposta do município.
Quanto às solicitações, a secretária de Planejamento, Nélia Alves, foi realista e cuidadosa com o objetivo de orientar maneiras como conseguir executar o projeto, dando continuidade à atenção básica do município ao usuário e sua respectiva família e pontuou a seriedade da proposta. “Este é o tipo de projeto que expõe a todos e não se pode voltar atrás”, falou.
A polícia comunitária também participou da reunião e se pôs à disposição da comunidade, através do Comando, o qual deverá ser solicitado para que a ronda seja feita nos locais, onde já foram detectados focos do consumo de drogas. “A polícia já tem o projeto de Patrulhamento dos Centros Históricos. Já temos o carro, só estamos à espera do efetivo, pois 4 policiais devem fazer essa atividade”, disseram os policiais.
Professores participaram da reunião e lançaram alternativas como a promoção de gincanas, esportes, interação entre as escolas do município, parcerias com as universidades do estado, no sentido de conseguir estagiários em Educação Física, o que deve diminuir a evasão escolar e a vulnerabilidade dos estudantes às drogas. A proposta foi bem aceita e um novo projeto deverá ser adaptado à realidade econômica do município e apresentado ao chefe de gabinete, secretários de Saúde e de Planejamento.
Com urgência, o chefe de Gabinete, Valdione Sá, deve providenciar a execução de Blitz, fôlderes, cartazes e iluminação.
Texto: Yara Santos
Foto : Grazziele Santos