São Cristóvão ganha respeito por atuação do COMDIM em eventos da Mulher
Reunidas na Sociedade Semear, localizada na capital, a equipe da Secretaria Especial de Políticas para a Mulher - SEPM recebeu as coordenadoras e representantes deste recorte nos municípios sergipanos para a preparação da Conferência Estadual.
A mulher sancristovense tem sido representada nos eventos da SEPM, através do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – COMDIM, e demais órgãos que compõem a rede de atendimento do município.
Iniciado na manhã da terça-feira, 04, o encontro reuniu coordenadoras de Políticas Públicas e São Cristóvão esteve representado por Adriana Santos, que apresentou uma visão geral da estrutura com que contam os órgãos que trabalham a temática no município.
Assim como as representantes dos municípios, a secretária de Estado de Políticas Públicas para a Mulher, Maria Teles, revelou que mesmo o órgão tendo sido criado pelo governador Marcelo Déda, a luta não é menor para a compreensão e respeito à temática trabalhada pela SEPM.
“A palavra de ordem é transversalidade, atuamos aliadas à educação e à saúde. Chegamos até o quadro atual, com o direito de voto e o lugar na presidência, através de nossa ousadia. Somos promotoras, articuladoras, porém pelo Brasil ainda não possuir a política da intersetoralidade, precisamos trabalhar a questão da Mulher com sutileza”, pontuou a secretária.
Mediante as apresentações das representantes dos municípios, onde foram desenhadas as carências e as conquistas de cada um, a secretária e sua equipe enfatizaram que para funcionar com eficiência o órgão deve estabelecer parcerias, identificando lideranças, fortalecendo o controle social, saindo da linha assistencial para a promocional.
Sergipe tem se mostrado pioneiro e ousado em suas ações e, mediante a criação de uma Secretaria Nacional da Mulher, o estado criou a SEPM e os municípios têm investido na criação de órgãos responsáveis por esse olhar voltado para a mulher no social, na saúde, na educação, lembrando que se a população tem um percentual maior composto por mulheres, se esta tiver escolaridade, trabalho, saúde, as famílias terão estabilidade, os índices de miséria cairão, assim como a natalidade, e os índices positivos crescerão, conseqüentemente.
A política de gênero configura-se numa das formas eficazes de levar os serviços até a população e suprir as necessidades desta, o que será possível através do empoderamento da mulher. “As mulheres devem ser reconhecidas, desde aquelas que fazem os remédios com ervas medicinais até aquelas que brigam nos conselhos”, afirmou a secretária.
O índice de miserabilidade sergipana chega a 311 mil, sendo destes 60% compostos por mulheres, em sua maioria negra sem escolaridade. A Coordenadoria de Enfrentamento à Violência contra Mulher anunciou a criação de um novo Boletim de Ocorrência (B.O.), através do qual as medidas ganharão celeridade contra o agressor.
O CIM é o Centro Integrado da Mulher, onde a vítima registrará o B.O. e passará por todos os serviços sociais e psicológicos voltados à temática vulnerável. O combate à exploração sexual e do tráfico de mulheres trabalha a possibilidade de reabilitação do agressor, de maneira que a segurança da mulher seja garantida através desse tipo de medida que paralela à punição, reintegra socialmente.
São Cristóvão ganhou destaque durante a reunião, pois através dos dados colhidos através da rede de atendimento, como o COMDIM, CRAS e o CREAS, os 367 empreendimentos “Minha Casa, Minha Vida”, da Caixa Econômica Federal priorizaram as mulheres como proprietárias dos imóveis, com um olhar especial para a mulher vítima de agressão.
Em 2012, os municípios que não possuírem conselhos criados não receberão os recursos, pois as coordenadorias são gestoras e os conselhos são fiscalizadores.
