14 outubro 2011

AUDIÊNCIA REÚNE FAMÍLIA E PMSC GARANTE MORADIA REGULAR E OS SERVIÇOS DA REDE DE INCLUSÃO




Na última quinta-feira, 13, o prefeito municipal de São Cristóvão, Alex Rocha, e representantes da rede de Inclusão, Saúde, Educação e Filantropia participaram de audiência no Fórum Desembargador Gílson Góis, requerida pelo Ministério Público no município, para tratar de questões referentes à Casa da Criança.
Recentemente, um caso chamou a atenção de toda a sociedade sergipana e ganhou espaço na mídia, foi a solicitação do senhor José Ivo dos Santos, 33, pescador, casado com a senhora Josefa dos Santos, 30, requerendo a guarda de seus quatro filhos, que há um ano e 5 meses, estão acolhidos na Casa da Criança de São Cristóvão, devido à denúncia sobre a falta de condições regulares para cuidar das crianças, constatada pelos órgãos fiscalizadores.
O pescador afirmou que chegava a ficar na maré de domingo a domingo e quando chegava em casa, finalmente, o local não estava arrumado. A esposa, que apresenta limitações que serão acompanhadas pela estrutura da Saúde do município, receberá toda a atenção e transporte para cuidar de sua saúde mental. Atualmente, são sete filhos, sendo três biológicos da esposa e quatro do casal. Destes, os quatro menores, com idades entre 1 e 6 anos, sendo três meninas e um menino, estão acolhidos.
O prefeito Alex Rocha garantirá uma casa de alvenaria, transporte para o tratamento de Josefa dos Santos e acompanhamento das crianças, através da rede. A secretária Municipal de Inclusão e Desenvolvimento Social, Carolina Pereira, disponibilizará todos os serviços da rede, composta por CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, Casa da Criança.
Conduzida pelo promotor público do Município, Dr. Fábio Pinheiro, a audiência teve um vocabulário popular, no sentido de que todos pudessem compreender as determinações. “Pobreza não é sinônimo de imundície, por isso vocês devem manter a limpeza da casa para que possam cuidar de seus filhos”, estabeleceu.
Moradores do Povoado Colônia Miranda, o casal comemorou a determinação da Justiça e revelou estar agradecido à administração municipal que está oferecendo condições deles cuidarem dos filhos, já que uma das condições é manter os filhos na escola, o que será acompanhado pelo Conselho Tutelar.
A Dr.ª Hortência Maria Ismerim Bomfim, assistente social da Coordenadoria de Perícia do Fórum, esteve presente e conduziu a audiência fazendo colocações precisas para os pais das crianças, no sentido de que ele deve exercer o seu papel de pai e de homem da casa, mediante as limitações da esposa e as necessidades das crianças.
O pescador já está trabalhando na empresa se serviços LOC, onde tem todos os seus direitos resguardados, podendo dar maior assistência à família.


Texto e Fotos: Yara Santos